CORAÇÕES MISERICORDIOSOS
- Gedson Pablo
- 2 de mai. de 2016
- 2 min de leitura
Dai graças ao senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!” (Sl 117,1).
É em meio a este ‘turbilhão do mundo’ a Igreja, através do seu Pastor Papa Francisco, busca anunciar o rosto e o abraço misericordioso de Deus que nos possibilita a partir de uma Igreja encarnada no agora da História depositar as nossas misérias no coração amoroso de Jesus. Atento as questões culturais, religiosas e sociais nos quais vivemos em nosso tempo, o Papa Francisco no ano passado, 2015, anunciou o Jubileu do Ano Santo da Misericórdia por meio da Bula de Proclamação Misericordiae Vultus (O Rosto da Misericórdia). O Jubileu iniciou-se no dia 08 de dezembro de 2015 e se concluirá no dia 20 de novembro de 2016, com a Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo. Através deste jubileu, ainda mais, todos nós somos convidados a vivermos entre nós a misericórdia de Deus. Pois, como escreve o evangelista Mateus: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!”.

Com este ano jubilar o Papa Francisco busca tornar ainda mais visível para toda a humanidade o rosto misericordioso de Jesus, tal como a parábola do ‘Pai misericordioso’ que ao avistar seu filho retornando “teve compaixão.Saiu correndo, o abraçou, e o cobriu de beijos (Lc. 15, 20b).”. Assim faz a Igreja conosco, nos acolhe com “O abraço da misericórdia de Deus”.Sobre esta parábola do Pai misericordioso disse o santo Papa João Paulo II na sua segunda encíclica redigida em 1980, Dives in Misericordia (Rico em Misericórdia): “Este amor é capaz de debruçar-se sobre todos os filhos pródigos, sobre qualquer miséria humana e, especialmente, sobre toda miséria moral, sobre o pecado.”. Concluímos que, se Deus é assim para conosco, nós enquanto Igreja devemos continuamente repartir a misericórdia e proporcionar uma relação misericordiosa entre nós.
O Papa Francisco nos exorta, ao falar de Jesus, que “Tudo n’Ele fala de misericórdia. N’Ele, nada há que seja desprovido de compaixão.”. E ainda conclui dizendo:“A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa.”.Portanto, temos em Jesus a plenitude reveladora do amor infinito de Deus por nós, ou seja, em todas as suas ações e palavras Ele revelou-nos a face do Pai, pois, “Jesus é o rosto da misericórdia do Pai”. O Papa ao dizer isto me faz recordar de certa frase que um dia li, “os nossos pecados comparados à misericórdia de Deus são como uma gota que cai no oceano”.O amor e a misericórdia de Jesus por nós convidam-nos, enquanto Igreja, a vivermos no dia a dia a dinâmica do encontro, do cuidado, da solidariedade, do perdão, porque “onde a Igreja estiver presente, aí deve ser evidente a misericórdia do Pai. [...] onde houver cristãos –, qualquer pessoa deve poder encontrar um oásis de misericórdia”.Portanto, somos chamados a sermos “Missionários da Misericórdia” de Deus.
Bibliografia:
João Paulo II, Carta Enc. Dives in Misericordia. 30 de novembro de 1980. Papa Francisco, Bula de Proclamação do Jubileu Ext. da Misericórdia. MisericordiaeVultus. 11 de abril de 2015.
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